terça-feira, 25 de maio de 2010

Seleção despreza protagonistas canhotos e vai à Àfrica do Sul com 20 destros


Dos 23 jogadores da seleção que embarcam para a África do Sul na próxima quarta-feira, para a disputa da Copa do Mundo, 20 são destros. Apenas três levam o legado dos canhotos brasileiros em Mundiais, sendo que um deles é o goleiro Júlio César, que pouco usa os pés, e os outros são os laterais-esquerdos Michel Bastos e Gilberto.
Desta forma, contando os jogadores de linha, a seleção chega à Copa sem um protagonista canhoto na equipe titular, fato raro no histórico brasileiro em Mundiais. No Mundial da Alemanha, em 2006, por exemplo, eram seis no elenco: o goleiro Júlio César, o lateral Gilberto e o meia Ricardinho, todos reservas, além dos titulares Adriano, Roberto Carlos e Zé Roberto.
Com o atacante Adriano e o meia Paulo Henrique Ganso preteridos na convocação, não há nenhum jogador canhoto no setor de meio-campo ou no ataque na equipe atual do técnico Dunga.
A concentração de canhotos na linha está restrita à lateral esquerda. E Michel Bastos, provável titular na Copa, chegou a atuar como meia direita na última temporada europeia.
“Cheguei à seleção como lateral-esquerdo. No Lyon, tenho feito uma função diferente, lá tenho essa opção de poder jogar dos dois lados, é uma escolha do treinador”, afirmou o lateral em referência à sua diversidade técnica.
Em outros setores do time, jogadores destros também ocupam espaços mais comuns entre os canhotos. No ataque, por exemplo, Robinho se afirmou com Dunga na seleção atuando deslocado pela esquerda, margeando a faixa lateral do campo.
O legado dos canhotos nas equipes brasileiras que venceram Copas começa com Nilton Santos e Zagallo, campeões na Suécia em 1958 e no Chile em 1962 e fundamentais em ambas as conquistas.
No tricampeonato no México, em 1970, as mais célebres pernas esquerdas entre os titulares eram as de Gérson e de Rivellino, também com participações decisivas na conquista do título mundial.
Mais tarde, na campanha do tetra nos Estados Unidos, em 1994, Zinho e Branco tiveram participações importantes na campanha. O lateral teve mais destaque: depois de superar uma contusão, entrou na equipe e foi o herói do duelo com a Holanda nas quartas de final, ao marcar, em cobrança de falta, o gol que deu a vitória por 3 a 2.
No último título mundial do Brasil, em 2002, na Ásia, Rivaldo era a cara canhota da seleção dos 3 R’s, que também tinha os destros Ronaldo e Ronaldinho. Assim como nas conquistas anteriores, o meia foi de suma importância. Além de participar da armação das jogadas de ataque, ele marcou cinco gols e foi o vice-artilheiro ao lado do alemão Klose, atrás apenas do Fenômeno, autor de oito gols.

Fonte: IG Esporte
                                   

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