quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Galo chega aos 75 anos, e dupla relembra título nacional

Há quase 25 anos, principal time de MS conquistava o Módulo Branco da Copa União

Campeões nacionais de 1987: De pé Marquinho, Anchieta, Gilson, Marcos Roberto, Celso Zottino, Jorge Luiz; agachados Cido, Silva, Guina, Biá e Bugre
Ex-jogadores Biá e Anchieta repetem no estádio Morenão a pose feita
em 1987 com a conquista do feito histórico
O Operário Futebol Clube comemora hoje 75 anos de fundação. Dentre as glórias alcan- çadas ao longo de sua história, o Brasileiro do Módulo Branco de 1987 chega a ser a conquista mais expressiva até hoje do clube e do futebol sul-mato-grossense. O título da Copa União, como foi chamado o nacional daquele ano, marcou uma geração que faturou três campeonatos estaduais (1986, 1988 e 1989).
A convite da reportagem, o zagueiro Anchieta e o meia Biá visitaram o Morenão. Ao pisarem no gramado do estádio, a dupla recordou o dia 31 de janeiro de 1988, quando o Operário enfrentou o Paysandu-PA pelo último jogo do triangular final do torneio nacional.
Naquela época, o Operário entrava no torneio para ser campeão, relembra Biá O time era formado em sua maioria por “pratas da casa”. Dos titulares, somente Bugre, Jorge Luiz, Silvio e Guina eram de outros Estados. Guina, excentroavante do Palmeiras, foi o autor do gol de pênalti que garantiu o Brasileiro do Módulo Branco. “É o título mais importante do Operário, os outros são estaduais. O que marca o clube é ser campeão brasileiro e o Operário tem na sua história este título”, orgulha-se Anchieta. O Brasileiro de 1987 foi disputado por 24 clubes e o Operário venceu sete das 12 partidas disputadas.
“Naquela época, o Operário entrava no torneio para ser campeão. Não tinha outro objetivo. Os adversários respeitavam. Agora o clube joga para não cair”, lamenta Biá.vale ao atual Brasileiro da Série B, defende operariano O Brasileiro de 87 foi disputado em quatro módulos: Verde, Amarelo, Azul e Branco. A divisão dos times foi feita pela CBF a pedido do Clube dos 13.
Os vencedores de cada módulo se enfrentariam para definir os campeões, o que não ocorreu. Jornal de circulação nacional na época, o Gazeta Esportiva estampou a conquista do clube de forma diferente: “Operário campeão brasileiro e exige respeito”. A cobrança era pelo reconhecimento do título, situação que até hoje rende discussão.
“Não vejo problemas. Se o Brasileiro vale pela segunda ou terceira divisão, (ele) foi conquistado dentro de campo. Os adversários eram do nível que é hoje disputado a Série B. Teve importância, tanto que no ano seguinte o Operário foi disputar a 2ª Divisão”, comenta Biá.
Ex-jogadores pedem ‘maior valorização’ pelo conquista de 1987
O título de 1987 é pouco valorizado pela torcida, de acordo com os jogadores. A falta do reconhecimento chega a incomodar os campeões, que vê a conquista com a mesma importância que tem na história do clube o terceiro lugar do Campeonato Brasileiro de 1977. “Muitos só lembram de 1977 e se esquecem que em 87 fomos campeões”, reclama Biá. “Terceiro lugar no futebol não ganha nada. A gente, sim, levantou a taça. A estrela que hoje o Operário tem no uniforme foi por causa do nosso título”, complementa Anchieta.
Evaldo Vaz, o “Biá” tem hoje 48 anos, e é professor de Educação Física da rede municipal. Francisco “Anchieta”, 49, trabalha com categorias de base, e gerencia atletas.
Os ex-jogadores veem o atual momento do Operário, na Série B do Estadual, com tristeza. “É algo que entristece a gente. Antes, todos os jogadores queriam jogar no Operário, hoje a história é outra. Infelizmente”, compara Biá.

Fonte: Jornal o Estado MS

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