Guerrero balançou a rede de Petr Cech e foi um monstro em campo, assim como Cássio e Danilo, mas o astro-rei foi a Fiel, que não se satisfez com uma invasão histórica. Quase 30 mil corintianos cantaram sem parar no Estádio Internacional e empurraram o time do povo, que “nesta noite” tinha que ganhar.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
A Estratégia alvinegra na decisão foi impedir a saída de bola com os técnicos volantes do Chelsea, Ramires e Lampard. A ideia era que os ingleses apostassem em bolas longas, o que funcionou, mas o sistema defensivo tinha dificuldade para cortar os lançamentos.
Assim, os primeiros minutos foram dos ingleses, que só não marcaram com Cahill em escanteio por milagre de Cássio com a coxa. Aos poucos, no entanto, o Corinthians começou a colocar a bola no chão e atacar com perigo quando roubava a bola em boa posição.
Jorge acompanhava Cole pela direita, mas Emerson não tinha o posicionamento esperado, aberto pela esquerda. O Sheik estava solto no meio, nas costas dos volantes, pois não precisava acompanhar o lateral direito Ivanovic, que avançava raramente.
A etapa derradeira começou com o Chelsea ainda melhor. Hazard recebeu na área e teve o ângulo fechado pelo enorme Cássio antes que o Corinthians se assentasse em campo e passasse a se desdobrar no meio-campo para frustrar os ingleses.
Emerson, apesar de abusar dos lances individuais, corria demais. Danilo aliava a raça para marcar até a linha de fundo com uma calma impressionante com a bola no pé. E Paulinho e Guerrero começavam a aparecer em jogadas perigosas no ataque.
Aos 23 minutos, aconteceu a jogada histórica. Paulinho tabelou com Jorge, carregou pelo meio da área e deixou para Danilo finalizar. O meia cortou para o pé direito, foi travado e, com Petr Cech no chão, viu Guerrero balançar a rede de cabeça.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
A partir daí, o time do povo aliou a inteligência à raça. Trocou passes, enervou os ingleses e não perdeu o controle nem mesmo com as tentativas de Rafael Benítez de acionar Oscar, Azpilicueta e Marin. Mas, sem um sofrimento extra, não seria Corinthians. Por isso, houve sufoco nos minutos finais e a bola se ofereceu a Fernando Torres a um passo da pequena área, para mais uma defesa de Cássio, alçado definitivamente a um posto de destaque na história do Corinthians.
Cahill foi expulso e, com um a menos, o Chelsea chegou a balançar a rede com Fernando Torres, para desespero de corintianos em todo o planeta. A bandeira subiu, o espanhol estava em posição de impedimento. Houve aflição até o último instante, com bola tocando a trave quase aos 50 minutos. O Timão é o campeão do mundo.
Fonte: Gazeta Esportiva
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