sexta-feira, 28 de junho de 2013

Reunião entre jogadores e diretoria do CEN vira caso de policia

Após a desclassificação na Copa do Brasil por ter utilizado dois jogadores irregulares, segundo o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), os problema do Naviraiense parecem não ter fim. Nesta quinta-feira, jogadores e diretoria se reuniram para tentar definir a questão financeira, mas não houve acordo, com o encontro terminando com ameaças de ambos os lados e a presença de policiais. Segundo alguns jogadores, o presidente do clube, Diomedes Cerri, teria chegado a sacar uma arma, fato negado pelo dirigente.
A dificuldade financeira do clube ficou evidente após a queda na competição nacional e a consequente perda da cota de R$ 400 mil, paga pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a todos os clubes que disputam a terceira fase da Copa do Brasil. Sem o dinheiro, compromissos feitos com os atletas deixaram de ser cumpridos e o encontro desta quinta era justamente para tentar um acordo para que os jogadores possam ser definitivamente dispensados.
Além do presidente, José Roberto, vice-presidente e o tesoureiro representaram o clube, porém, como a proposta apresentada foi considerada insatisfatória pelos atletas, não houve acordo. De acordo com alguns atletas que preferem não se identificar, o presidente chegou a ameaça-los com uma arma, o que os levou a ligar para a policia. Um deles postou em sua página no facebook que o presidente ameaçou trabalhadores e pais de família". "Nós queremos só o que é de nosso direito porque fizemos por onde através do nosso trabalho", completou.
Por outro lado, Diomedes negou que estivesse armado. "Nunca tive arma na minha vida", afirmou. Segundo ele, alguns jogadores ficaram mais exaltados após a proposta do clube. "Fui tentar dialogar, fazer um acordo. Não quiseram e partiram para ignorância".
De acordo com os jogadores, o Naviraiense precisa quitar dois meses e meio de salários, além da verba rescisória. "O clube teve ajuda da prefeitura e R$ 300 mil de cota na Copa do Brasil. Alguém vai ter que explicar onde foi parar esse dinheiro, não nós jogadores que fizemos nosso trabalho. Fomos vice-campeões estaduais e chegamos até a terceira fase da Copa do Brasil, de onde fomos tirados por incompetência da diretoria", disse o jogador.
Um dos atletas disse que presidente do Jacaré já chegou à reunião exaltado e como forma de intimidação, deixou evidente que estava armado, entretanto, não apontou a arma diretamente a ninguém. "Ele chegou nervoso dizendo que iria pagar apenas 40% dos nossos direitos e alegou que era isso ou nada. Quem não estivesse satisfeito que pegasse suas coisas e fosse embora. Acho que não é assim que tem que ser", ressaltou o atleta que preferiu não se identificar.
Ainda nesta manhã o elenco deve ir à Delegacia de Polícia de Naviraí para registrar a ocorrência, em seguida, o grupo se reúne com dirigentes e autoridades políticas no prédio da Câmara Municipal, a fim de tentar um acordo sobre as questões financeiras. "O clima não está bom. Cumprimos nosso papel como jogadores e queremos que o Naviraiense, como clube profissional, cumpra o dele", destacou.
Fonte: Gazeta MS

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