Santos, SP, 12 (AFI) - Um dos jogos mais esperados do ano no futebol brasileiro será realizado na noite desta quarta-feira, quando Santos e Corinthians se enfrentam na Vila Belmiro, às 21h50, pela partida de ida da semifinal da Copa Libertadores. Um busca o segundo título seguido e o quarto na história, enquanto o outro tenta acabar com o tabu de jamais ter conquistado a principal competição sul-americana. Quem chegar na final enfrentará o vencedor de Boca Júniors-ARG e Universidad do Chile-CHI.
Trabalhando o psicológico
Nos últimos dias, mesmo contar sem Neymar (estava com a seleção brasileira nos Estados Unidos), Paulo Henrique Ganso e Arouca (ambos em recuperação) na semana passada, o técnico Muricy Ramalho trabalhou não só a parte tática e técnica, mas também a cabeça dos jogadores para que o time não atacar desesperadamente, abrindo brechas para os contragolpes.
O treinador quer os setores agrupados e a bola sendo tocada de pé em pé até que surja a oportunidade para a finalização com sucesso. A vitória contra o fechado Vélez Sarsfield, pelas quartas de final na Vila Belmiro, foi o argumento usado por Muricy Ramalho para convencer aos jogadores.
Com a recuperação de Arouca, Muricy Ramalho volta a ter em Henrique um lateral-direito de confiança, o que não acontecia com Maranhão. Ele vai atuar mais preso à defesa. Adriano terá a função de proteger a entrada da área, ajudado por Arouca e Elano. No treino de 25 minutos, sem a presença dos jornalistas, nesta terça, no CT Rei Pelé, o técnico montou o time com Henrique na lateral direita, Juan na esquerda, Arouca e Paulo Henrique Ganso no meio campo e Alan Kardec ao lado de Neymar no ataque.
Sem mistério
Tite até apelou para um pouco de mistério, inicialmente dizendo ainda não saber se Paulinho terá condições. Por fim, rendeu-se à escalação dos 11 titulares, mas deixou no ar possíveis mexidas no esquema tático. Certo é que Danilo jogará mais avançado, como centroavante. Ciente de que precisa diminuir a pressão para o jogo de volta no Pacaembu, o treinador garante ousadia. "Não vejo esse jogo como decisivo, a não ser em caso de placar dilatado, de um acidente, o que não acredito", disse Tite, que garante que o time não vai ficar preso na defesa, apenas tentando segurar o resultado de empate.
Ele vai arriscar, quer gol e já cobrou isso do time. O pedido é por capricho na armação das jogadas. "Primeiro é buscar a posse de bola e ter o processo de criação tal qual foram nas outras partidas (na Libertadores). Toma a bola, cria e finaliza, esse é o processo. Agora, se não fizer bem a criação, não adianta pensar em finalizar. Nossa ideia é traduzir em gols as chances ofensivas".
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