O Internacional quer encerrar a polêmica sobre a partida contra o Palmeiras, válida pela 33ª rodada do Brasileirão, com auxílio direto do árbitro Francisco Carlos Nascimento. O clube gaúcho defende que Nascimento, juntamente com o quarto árbitro Jean Pierre Lima Gonçalves, se manifeste publicamente sobre o caso. Na visão dos advogados vermelhos, o pronunciamento não teria como ser rebatido.
“A gente está nesta confusão toda por eles [Francisco Carlos Nascimento e Jean Pierre Lima] não terem falado. Não estou dizendo eles não querem falar, não. Apenas estão cumprindo aquilo que é orientação superior. Mas aí está a possibilidade de sair da regra rígida e prestar um serviço ao futebol brasileiro. Deixar o árbitro e o Jean Pierre, não só no processso, mas virem a público e se manifestarem. Aí termina o processo e todos vão tranquilos para casa”, disse o advogado do Inter Daniel Cravo à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.
O departamento jurídico do Inter, aliás, demonstra ceticimo ao ponderar sobre as provas que o Palmeiras diz possuir para provar que a decisão do árbitro foi tomada de forma irregular.
“A defesa do Inter tem que rebater os argumentos e talvez as provas do Palmeiras, óbvio. Eu até entendo que o Palmeiras não tem essas provas. Ouvi manifestações na imprensa que eles estão apostando em uma confissão de alguém. Não sei qual confissão será feita”, afirmou Cravo.
O Palmeiras já disse a exaustão que não tem nenhuma intenção de provar que o gol foi legal. O departamento jurídico do time paulista, contudo, quer mostrar que o desvio de Barcos com sua mão foi anulado de maneira irregular.
A crença do Internacional encontra um ponto conflitante. O time paulista pretende usar o depoimento da repórter da TV Bandeirantes Taynah Espinoza como prova. Durante a transmissão do jogo, ela descreveu toda a ação dos membros da arbitragem.
O Fernandão, na hora que saiu o gol, já achou que tinha sido invalidado. Quando viu que o gol havia sido validado, correu aqui, falou a todo momento que tinha sido mão, gritou muito, e aí eles perguntaram para nós da transmissão”, disse a repórter.
“Foi dito que foi mão pelo que se viu, e agora o delegado está perguntando para quem está fazendo a transmissão, se pelas câmeras de televisão vimos que foi gol. Parece que estão usando mesmo a tecnologia, mesmo que não seja de forma legal, entre aspas”, completou.
Além dela, o médico do Palmeiras Vinícius Martins também poderá depor. Ele conversou com Baluta durante o sorteio de doping e se mostrou indignado com o desdém mostrado por ele. Segundo Martins, o delegado afirmou que “dormiria tranquilo” e que “não se importava se a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) o punisse.
Juridicamente, no entanto, os argumentos podem passar a ficarem fracos caso os árbitros insistam que não tenham usado a ajuda externa para tomar a decisão final. Piraci de Oliveira, diretor jurídico do clube, afirma que tem imagens que provam que Baluta usou dos repórteres para obter a informação.
Por fim, ainda há outra suspeita levantada pelo Diário Lance! sobre um esquema de arbitragem. Segundo o jornal, os árbitros usam a comunicação entre eles em lances polêmicos para tomarem a decisão de acordo com o que as imagens da televisão mostram.
Fonte: Uol Esporte
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