Dentro de campo, o Corinthians e Santos já provaram nos últimos dois anos que fazem parte da elite dos clubes mundiais. Agora, estão prestes a ganhar também espaço político entre os cartolas dos times europeus. Segundo este blog apurou, o Corinthians e o Santos foram convidados para participar oficialmente da reunião anual da poderosa Associação de Clubes da Europa.
O encontro ocorre no início de fevereiro, no Catar, e terá como missão acertar uma posição única dos clubes para pressionar a Fifa a montar um calendário internacional que respeite os interesses dos times. Outra meta do encontro é o de encontrar uma forma de pressionar a Fifa a pagar um valor maior para que clubes cedam seus jogadores a seleções nacionais, tanto em amistosos quanto durante a Copa do Mundo de 2014.
Além do time de Parque São Jorge e do Santos, estarão presentes o Boca Juniors (Argentina), o DC United (EUA) e o Kashima Antlers (Japão) na reunião presidida pelo Bayern de Munique e pelo Milan. O Corinthians foi campeão mundial em 2012 e o Santos vice em 2011.
Nos últimos anos, tanto o Corinthians como o Santos já foram convidados para debater de forma informal a situação dos clubes com os grandes times europeus.
Agora, a nova entidade não apenas ganhou uma maior dimensão como também passou a ser reconhecida dentro das estruturas da Fifa e da Uefa. Em troca do reconhecimento, os clubes aceitaram abandonar todos os processos legais que tinham contra a Fifa.
Mas os europeus não disfarçam que o objetivo é mesmo de criar o que seria uma associação mundialde clubes e o convite aos dois clubes brasileiros seria um primeiro passo para a implementação dessa estratégia. Há dois anos, essa perspectiva já foi levantada. Mas um cartola do Barcelona admitiu que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira vetou a participação dos sul-americanos na iniciativa.
Por enquanto, os dois clubes brasileiros serão apenas convidados e não serão membros pleno da entidade. Mas com a participação de times fora da Europa no evento, a meta é a de começar abrir espaço para que a ideia de uma associação mundial ganhe apoio.
Na avaliação dos clubes europeus, diante da capacidade dos clubes brasileiros de manter seus craques com salários maiores, do retorno de muitos jogadores ao Brasil, cada vez mais os times brasileiros sofrerão dos mesmos problemas que eles já enfrentam: a liberação de jogadores para seleções, a acumulação de jogos e a predominância dos interesses da Fifa sobre o dos clubes.
Fonte: Estadão
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