Danilo tem mesmo um jeitão de jogador antigo, transportado de um tempo em que o futebol era disputado em outro ritmo. Pois o meio-campista repetiu neste domingo o que tinham feito ídolos de uma fase longínqua do centenário time do povo, como Filó e Teleco. Saiu dos pés do camisa 20 o gol que definiu o empate com o Santos por 1 a 1, que deu ao Corinthians o título do Campeonato Paulista.
Como em 1930 e em 1941, o clube do Parque São Jorge festejou na Vila Belmiro. Como nas duas distantes conquistas estaduais, saiu atrás no marcador. Desta vez, bastou o empate, construído em jogada com a cara de Tite, com a participação de atletas de todos os setores da equipe.
O Timão havia saído na frente no Pacaembu, vencendo por 2 a 1, mas não se limitou a marcar. Em um jogo tenso, cheio de faltas e reclamações, viu Cícero marcar um golaço ainda no primeiro tempo. O resultado levaria a disputa para os pênaltis, mas, a exemplo do que fez nas semifinais da última Copa Libertadores, Danilo impediu que isso fosse necessário, balançando a rede logo na sequência.
O Peixe voltou a buscar o gol na etapa final, mas foi o Corinthians quem esteve perto de mais uma bola na rede. No total, foram três bolas na trave do goleiro Rafael. Mas conquistas sem nenhum sofrimento não têm a cara da Fiel, que teve de esperar até os 51 minutos e meio do segundo tempo para festejar seu 27º título estadual.
O triunfo foi dedicado por todos à torcida, que reconheceu o esforço da equipe na última quarta-feira, na eliminação da Libertadores, em jogo de arbitragem ridícula contra o Boca Juniors. A pedido de Tite, os atletas não deram volta olímpica em respeito ao Santos, que chegou à final estadual pela quinta vez seguida e vive a possibilidade de perder seu craque, Neymar.
Fonte: Gazeta Esportiva
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