O campo-grandense Winicius Soares Icasati, de 13 anos, foi o único aprovado entre 19 atletas em teste realizado no CT do Santos (SP) na semana passada.
A ida à sede do Peixe surgiu há 15 dias após Winicius ter sido aprovado em teste realizado em Campo Grande, no estádio Morenão, que contou com 100 garotos.
O teste na Capital, promovido pelo ex-jogador Robert, que atua como “garimpeiro” do Santos em todo País, aprovou 10 meninos ao todo.
O pai de Winicius, Cesar Icasati, que chegou a jogar no Taveirópolis em Campo Grande, confessa, orgulhoso, que não chega perto da habilidade do filho.
“Ele já havia sido aprovado no Internacional no ano passado e agora surgiu a oportunidade do Santos no meio do caminho”, explica, revelando que o filho se apresenta no dia 2 de janeiro no Santos e que o Peixe deve ser a casa de Winicius no ano que vem.
“Acredito que Santos tem a melhor estrutura de categoria de base do País. A seriedade do Robert também foi determinante, pois é uma pessoa que tem boa influência em outros clubes também”, conta Cesar.
Em Santos, Winicius conta que passou por treinos em campo reduzido, físicos e coletivos. Agora, para ser contratado pelo Santos, basta apenas a formalização do contrato. A partir disto ele passa a morar na sede do clube. Os estudos serão de manhã e os treinos à tarde.
“No Santos eles cobram bastante a questão do estudo e disciplina”, afirma o pai, demonstrando que a cobrança sobre a vida escolar do atleta dá certa tranquilidade aos pais.
Ao lado do pai, jogador fala da ansiedade em ser jogador profissional de futebol; no detalhe o cabelo "invocado", moda no mundo da bola.
Morador do bairro Los Angeles, Winicius diz que começou a jogar bola na rua. Há quatro anos começou a atuar no campo e gostou da ideia. Seus ídolos são os craques Cristiano Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho.
No campo, no entanto, ele diz que sua característica de jogar, habilidoso em bater na bola com as duas pernas, assemelha-se mais com Paulo Henrique Ganso. “Sou o 10”, responde para explicar que é meia armador, posição que apresenta certa carência no País.
Mas se for escalado como meia atacante, mais ofensivo, Winicius diz não haver problema, já que também atuou como ala e volante.
Sobre morar longe dos pais no ano que vem, quando estiver perto de completar 14 anos, o garoto diz saber que não será tarefa fácil, mas que será preciso.
Sorridente, o pai confessa que não esperava ver a carreira do filho se mostrar tão cedo. Diz saber da importância da figura do empresário na carreira dos jovens jogadores, mas mostra preocupação com os aproveitadores. “Estou tentando ser o empresário dele até onde eu conseguir”, frisa.
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