Chiquinho Lima, Claudio Roberto e Sidiclei |
Único dono
Aos 32 anos, o goleiro Cícero poderia seguir o exemplo de Sidiclei e continuar no futebol profissional por mais alguns anos, mas a dupla jornada exercida pelo atleta impede a continuidade. Mecânico de colhedora de cana e funcionário da Usina ETH na unidade de Santa Luzia em Nova Alvorada do Sul, Cícero dorme em média três horas diárias para cumprir a jornada de trabalho à noite e os treinos durante o dia. “O corpo está sentindo, já não dá mais”, afirmou.
Natural de Coronel Sapucaia e morador de Rio Brilhante desde os 11 anos de idade, a história de Cícero no Águia Negra, seu único clube como jogador profissional, começou em 2001, ainda na Série B. Com o título daquele ano, disputou a primeira divisão em 2002, mas a carreira teve um hiato nos dois anos seguintes. “Na época já trabalhava e não teve como conciliar as duas atividades, então o futebol ficou de lado”. A volta foi em 2005 e daí em diante sempre esteve no elenco do clube.
Títular até 2010, foram mais de 100 jogos com a camisa do Águia Negra. Nos últimos dois anos, tem passado sua experiência aos goleiros Fanini, 24 anos, titular em 2011 e no início deste ano, e Edmar, 21 anos, atual dono da camisa 1. “O Cícero é um referência não apenas para os goleiros, mas para todo o grupo de um jogador com postura profissional, compromisso e sentimento pelo clube e com certeza vai ficar marcado na história do Águia Negra”, disse o técnico Cláudio Roberto.
Além do título na Série B em 2001, Cícero esteve presente na maior conquista do clube, o Campeonato Estadual em 2007. Além disso, defendeu o time na Série C do Campeonato Brasileiro de 2007 e na Copa do Brasil de 2008 quando o Águia enfrentou o Paranavaí, então campeão paranaense. Em Rio Brilhante o jogo terminou 3 a 3 e na volta, o clube paranaense ficou com a vaga ao vencer por 4 a 3.
Fonte: Gazeta MS
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